O Cavaleiro Solitário

O Cavaleiro Solitário

Mais uma vez a Disney errou a mão em um blockbuster. Em 2012, John Carter fracassou nas bilheterias e estima-se que o prejuízo, que causou a demissão do presidente do estúdio, pode ter chegado a 100 milhões de dólares. Em 2013, O Cavaleiro Solitário vem decepcionando o público, recebendo críticas negativas e já estão dizendo que o prejuízo do filme deve superar o do ano passado.

O Cavaleiro Solitário conta como o advogado John Reid (Armie Hammer) e o índio Tonto (Johnny Depp) se unem para se vingar dos assassinatos de membros de suas famílias, cometidos pelo notável bandido Butch Cavendish (William Fichtner).

Talvez a maior falha do filme seja não conseguir se estabelecer em nenhum gênero. Não sabemos  se estamos assistindo uma aventura, um faroeste ou um drama. Até os momentos cômicos, que no trailer pareciam funcionar tão bem, são uma tragédia.

Os efeitos especiais também decepcionam bastante. É como se o diretor Gore Verbinski quisesse que o filme parecesse com uma animação. O resultado traz cenas tão irreais que não conseguimos dar credibilidade alguma para o que estamos vendo.

É bem verdade que estes pontos baixos poderiam ser compensados por performances convincentes dos atores. Entretanto, estas performances só pioram com o decorrer da história. Até mesmo Depp, que costuma ter um desempenho muito acima da média, apresenta uma interpretação catastrófica. Seu personagem parece um índio abestalhado com um sotaque ridículo, fazendo jus ao nome de Tonto.

Apesar do alto investimento, O Cavaleiro Solitário é um dos piores filmes do ano. Com mais de duas horas de duração, é difícil manter o interesse no filme e não são raros os momentos em que torcemos pelo surgimento dos créditos finais. Talvez esteja na hora da Disney repensar a fórmula utilizada em produções como esta.

O Cavaleiro Solitário (The Lone Ranger, 2013, de Gore Verbinski) *1/2

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